Não é de hoje que a história do livro, da leitura e a bibliofilia despertam em mim um interesse especial. Quero muito me aprofundar nessa temática, ler, estudar e descobrir fatos que formaram a história do livro e da leitura no Brasil. Quem sabe, contribuir com alguma produção científica nessa área.
Ex-libris do livro L'illicite de René Capitant, encontrado na Biblioteca de Ciências Jurídicas da UFPR |
O ex-libris indica a quem pertence o livro que o contém, mais que isso, segundo Gauz (2009), "eles contam a história de vida de um livro, por onde passou, a quem pertenceu, quem o confeccionou e revelam aspectos relacionados aos livros que acabam por fazer parte de sua vida".
Outra definição é a apresentada pelo Dicionário Michaelis on-line: "Marca que indica no princípio, no frontispício ou na guarda de um livro, a livraria ou pessoa a quem pertence ou pertenceu esse livro.
E-libris da coleção de José Mindlin |
Serra (2012, p. 67) afirma que "as imagens permitem a representação dos povos e suas nacionalidades, uma vez que questões comportamentais, contextos sociais, econômicos e tecnológicos podem ser representados através de imagens". No caso dos ex-libris das coleções particulares, eles transmitem muito sobre o seu colecionador.
Ex-libris da coleção do Prof. Dr. Egon Bockmann Moreira |
Presto consultoria na biblioteca particular do Prof. Dr. Egon Bockmann Moreira. Sua coleção é formada essencialmente por livros da área jurídica. O seu ex-libris, reprodução de uma obra de Miró, é inserido na folha de rosto das obras por meio de um carimbo.
Encontrei, no acervo eletrônico de monografias de graduação da Universidade Federal do Paraná, uma monografia com o tema "Ex-libris: resgatando marcas bibliográficas no Brasil", da autora Gisele Pottket, aluna do curso de Design - Hab. Design Gráfico. A autora teve como objetivo "resgatar a história dos ex-libris, apresentando-os e contextualizando-os na atualidade como uma marca bibliográfica pessoal, presente no Brasil.
A partir desta breve pesquisa sobre o ex-libris pode-se dizer que ele é, além de um tipo de identificação, também uma forma de representação do apego ao livro e às coleções que formamos ao longo da vida. Sem dúvidas, possibilitam conhecer a história do livro ao longo do tempo.
Aqueles que tem interesse pelo tema, recomento, especialmente, a leitura do artigo da bibliotecária Liliana Giusti Serra, que traz um tema bem inovador da área e a monografia de Gisele Pottket que apresenta um panorama geral do ex-libris. Outros textos são referenciados abaixo.
Você tem um ex-libris que identifica a sua coleção? Tem interesse pelo assunto? Compartilhe conosco suas histórias, ideias e opiniões.
Ex-libris I por Valéria Gauz
Ex-libris II por Valéria Gauz
O ex-libris é o retrato do seu dono por Paulo Bodmer
Ex-libris, o resgate de uma tradição
Ex-libris por Plínio Martins Filho
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