Entre os dias 21 e 24 de julho, eu participei do XXVI Congresso de Biblioteconomia e Documentação, o CBBD 2015. Foram dias intensos de muito aprendizado e compartilhamento de experiências. Além disso, sempre é um bom momento para rever amigos, fazer novos contatos e conhecer a cidade onde o evento está acontecendo.
Como de costume, gostaria de compartilhar minha visão sobre o congresso.
O CBBD teve início com uma abertura impecável, como foi bonito viajar na história de São Paulo e da Biblioteconomia com música, teatro e Mario de Andrade. O lugar é um espetáculo, foi minha primeira vez na Sala São Paulo e fiquei encantada.
Durante o CBBD temos a oportunidade de sair um pouco de nossas caixinhas e passear pelas mais variadas realidades da Biblioteconomia brasileira. Passeamos pelas bibliotecas escolares, públicas, universitárias e temos um panorama geral da área. De tudo que vi e ouvi, vou destacar o que mais me chamou a atenção.
A mesa de abertura com David Lankes e Elisa Delfini Corrêa foi excelente. Apesar de David Lankes não estar presente e termos assistido a um video com sua fala, a experiência foi sem igual. Que profissional empolgante e quantas ideias interessantes. Confesso que ao entrar no auditório e perceber que ele não estava ali, fiquei um pouco decepcionada. Quando vamos a um evento desse porte esperamos ter o contato pessoal e, como a organização do evento não informou quais seriam as palestras por web conferência isso causou certa frustração em muitos participantes.
Duas falas bem simples de David Lankes me chamaram a atenção: "Porque nós temos bibliotecas e bibliotecários"? e "Bibliotecários ajudam as pessoas a aprender". Meu discurso no último semestre, no curso de Biblioteconomia da UCS foi exatamente esse: "Bibliotecários são educadores"! E não canso de usar esse argumento. E, para mim, é por isso que temos bibliotecários nas bibliotecas, do contrário não há razão de ser para a nossa profissão.
Para quem se interessar por conhecer um pouco mais sobre as ideias de Lankes, o seu livro "Expect more" está disponível aqui para download.
Outro ponto alto do CBBD 2015 foi a seção "Conversando sobre...", aconteceu no segundo e terceiro dia no final da tarde, às 18h. Havia conversas simultâneas bem diversificadas. No dia 22/07 eu participei da conversa sobre "Mídias Sociais e as bibliotecas: podemos viver sem elas?" e no dia 23/07 "Portais, repositórios e bibliotecas digitais: tudo junto e misturado?". As duas conversas foram super produtivas e atuais, além de poder conversar com grandes nomes da biblioteconomia, muitos deles nossos marcos teóricos.
Entre as conferências, foram destaque a de Luiz Felipe Pondé sobre Ética, Ricardo Crisafulli Rodrigues sobre Informação Imagética e de Sergio Vieira Branco Júnior sobre o Marco Civil da Internet.
Destaco ainda, a apresentação da Iara Vidal sobre Métricas Alternativas, tema que vem sendo muito debatido entre os pesquisadores e, especialmente, os profissionais que atuam com editoração científica. Ela explicou o que é Altmetria, apresentou referencias teóricos importantes e as ferramentas que vem sendo utilizadas para dar visibilidades aos pesquisadores, a palestra foi promovida pela EBSCO e a apresentação da Iara está disponível aqui.
O eventos profissionais e científicos são ótimas oportunidades para troca de experiências, reconhecer a inovação na nossa área de atuação e fazer novos contatos. Acredito que no CBBD 2015 os temais mais inovadores foram a Altemetria e a discussão sobre os Recursos Educacionais Abertos que foi discutido na seção Conversando sobre "Portais, repositórios e bibliotecas digitais". Sem dúvidas, são temas que serão muito recorrentes nos próximos eventos da área.
Comentários
Pegando o gancho das métricas alternativas, acho que você deveria colocar uns botões de compartilhamento para as redes sociais em seus posts hehehehe.
Bom review do congresso!
Que bom que gostou.
Beijo.