Após ler e traduzir a entrevista "Como se tornar um bibliotecário... líder", resolvi convidar meus amigos para escreverem sua opinião sobre o papel do bibliotecário como líder. Este é o primeiro de uma série de texto que publicarei semanalmente. O primeiro, é do Lucas Henrique Gonçalves, amigo e colega de trabalho que admiro e que tem se tornado um grande líder. Aproveite a leitura!
Somos todos pilares!
Um bibliotecário, para
ser um gestor, não precisa ser necessariamente um líder. Mas, para ser um
bom gestor, ou quiça ser um ótimo gestor, precisa sim ser um líder. Pela
pouca experiência que tenho, como alguns falam já que tenho
apenas uns cinco anos (completos em dezembro/2015) de atuação profissional como
gestor (ou vulgo chefe) de biblioteca , eu me considero um bom gestor.
Um líder não precisa,
necessariamente, que todos os colaboradores sejam seus “amantes” (sem conotação
depreciativa) ou seguidores fieis, mas, tem que conquistar o
respeito, prezar pelo dialogo e a abertura da possibilidade de desenvolver
ações para atingir o foco principal da unidade que coordena.
Gosto de usar a analogia de que
todos os colaborares são pilares que sustentam a unidade aonde atuam,
ou seja, a queda de um, ou dois pilares talvez não cause o desabamento do
teto, mas, pode enfraquecer a solidez e criar rachaduras. A queda de
vários pilares, por outro lado, fará sim com que o teto desmorone e
caia sobre todos os pilares (os que estavam de pé e os que já tinham caído). Mas,
como manter os pilares de pé?
Acredito que para a eficiência da
prática de uma boa gestão é necessário:
(i) o entendimento da visão sistêmica de
que em uma biblioteca (ou qualquer unidade em que exista hierarquia)
todos são colaboradores deste espaço, desde o gestor até os
outros colaboradores (vulgos subordinados – expressão com a qual não
simpatizo);
(ii) que os objetivos da unidade sempre sejam priorizados diante
dos desejos pessoais do gestor e dos colaboradores;
(iii) que o tratamento (recompensatório ou
punitivo - tiraria essas duas expressões) do gestor com os colaboradores
deve ser igualitário, sem distinções por tipo de serviços e/ou proximidades
pessoais;
(iv) que ocorra o envolvimento com a vida pessoal dos colaboradores,
mas de forma que não afete o andamento das atividades da equipe, mas que
harmonize o ambiente trazendo o sentimento agradável (e quem sabe prazeroso) de
permanência no local de trabalho.
Outro ponto que considero chave
para um bom gestor é a personalidade, não relacionado ao “como
se portar diante dos outros” (fato que é muito importante, mas que varia
demasiadamente de pessoa para pessoa), mas, sim na maneira que o gestor
consegue resolver problemáticas ou introduzir novas demandas, que podem afetar
de forma brusca os procedimentos já existentes e principalmente a rotina de
trabalho dos colaboradores, sem que haja queda de pilares.
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