Visita à British Library: parte II

Em frente à British Library. Ao fundo Estação St. Pancras.
Na segunda parte da nossa visita à British Library fomos acompanhadas pelo responsável pelo Setor de Conservação e Preservação de Documentos. Passamos aproximadamente uma hora conhecendo as diversas atividades desenvolvidas nesse setor. Foi-nos informado que cada colaborador tem a liberdade de desenvolver atividades voltadas para as suas habilidades e para o que mais gosta de fazer. Pode-se perceber aqui a gestão do conhecimento sendo aplicada na prática de uma biblioteca.

Presenciamos parte da recuperação de um manuscrito do século XVII, de mapas e encadernações. Cada colaborador falou um pouquinho sobre o trabalho que estava desenvolvendo naquele momento e sobre as suas especificidades. O responsável pelo setor alertou que os problemas econômicos de toda a Europa têm afetado diretamente a disponibilização de recurso para as bibliotecas públicas. Parece que não é apenas no Brasil que as bibliotecas são as instituições primeiro afetadas em momentos de crise. Explicou que, por esse motivo, o investimento na recuperação de documentos tem diminuído. Portanto, a avaliação do que deve ou não ser recuperado deve ser ainda mais minuciosa, tendo em vista que os gastos com esse tipo de trabalho são muito altos.

No hall da British Library.
Nosso próximo destino foi uma sala de reuniões para uma apresentação do Programa de Digitalização da British Library. A apresentação foi feita em inglês pelo Dr. Aquiles Alencar-Brayner, brasileiro e Digital Curator da British Library. Ele falou sobre os mais diversos projetos de acervos digitais da biblioteca e o mais impressionante foi reconhecer como a British Library está aberta para trabalhar em parceria com instituições do mundo inteiro, afim de aumentos o acesso ao conhecimento acumulado ao longo dos anos em bibliotecas, centros de documentação, arquivos, cartórios, etc.

Logo em seguida, pudemos conhecer mais profundamente os catálogos da British Library, bem como muitas outras coleções disponíveis para usuários do mundo inteiro. Mesmo estando familiarizada com as novas tecnologias, é impressionante reconhecer as inúmeras fontes disponíveis para pesquisadores do mundo inteiro. Ao final de nossa visita, fomos a uma sala de exposição onde havia livros, cartas e mapas raros. Nos despedimos da Dra. Elizabeth Cooper e dos colegas Argentinos.

Enquanto fotografávamos o hall da biblioteca (local onde era permitido), o Dr. Aquiles nos encontrou e veio conversar conosco e, somente neste momento soubemos que ele é brasileiro do Ceará. Mora em Londres há alguns anos, onde fez seu mestrado em Ciência da Informação. 

Hora do chocolate quente.
Fiquei muito feliz e honrada com a calorosa receptividade desses bibliotecários. Momentos como este são riquíssimos para a troca de experiências e também para estabelecer parcerias futuras. Todos eles ficaram a disposição para esclarecer dúvidas e até mesmo para receberem propostas de parcerias. Ao final de nossa visita, paramos em um café da própria biblioteca para tomar um lanche e depois, mesmo com a chuva que caía, aproveitamos para fazer algumas fotos externas.

Se você vai à Londres e tem interesse em fazer uma visita à Biblioteca, saiba como clicando aqui.

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